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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Músicos da Natureza

“Os pintores vêem cores que ninguém repara, os músicos ouvem sons que ninguém nota.”
Dom Costa
Houve o dia em que o homem descobriu como fazer música, mas a própria música sempre existiu, pertence à natureza da vida. Ela está na raiz do mundo que o homem pintou. Esta subliminada na verdade, nas origens.
A música não é algo que você se forma, pois ela não pode reconhecer seu diploma, ela só pode reconhecer o seu espírito, pois a música também é um espírito, um espírito tão vivo quanto a própria natureza, algo tão mágico quanto a própria vida. Tudo se torna mais difícil quando alguém a segue sem esta consciência, é muito comum a desistência, normalmente em questão do dinheiro, estabilidade, mercado e “bla bla bla”, todas essas coisas que se dizem reais. Não é uma simples carreira, não é como fazer medicina ou engenharia.
Repare nos sons, a música esta em todos os lugares, no vento soprando, no compasso do andar, no jazz da chuva, na percussão da cozinha, na psicodelia da cidade, no blues dos trilhos do trem, no deleito do silêncio. Podemos utilizá-la em qualquer momento, respiramos música o tempo todo. Experimente escutar Joy Division, o álbum Closer parece uma fábrica, bastante marcadas pela bateria quase "militar" de Stephen Morris, e uma tendência para a depressão e a claustrofobia. Por mais que você não veja a letra, você vai sentir cada suspiro do vocalista, sem contar que Lan Curtis tinha problemas de depressão e epilepsia. Acho que ele não poderia fazer outra coisa tão bem quanto fazia com a música. Usando seus sentimentos mesmo que sege eles tristes e depressivos, para uma coisa boa.
Não faz muito tempo que ganhei um filme chamado “O som do Coração” e juro que me apaixonei ao assistir este filme, fiquei muito feliz com o intuito e objetivo do filme. Conta a história de um menino de ouvido perfeito, que sai de um orfanato a procura de seus pais. Sem rumo algum ele apenas segue a música. E o mais magnífico... ELE VIVE INESPERADAMENTE, POIS APRENDEU A CONFIAR NA MÚSICA. Trouxe a mim a lembrança de quando usei uma pena para transcender os movimentos do vento em música. O homem que conhece a natureza é capaz de revelar a si mesmo. Por fim há uma diferença quando você toca um instrumento e quando o instrumento te toca. É como se palavras e sentimentos transformassem em melodia.
A experiência da pena foi sem querer, alguns dias atrás tinha amarrado uma pena no braço de meu violão, havia ganhado de uma amiga para colocar em meu chapéu, que por fim acabou no violão mesmo. È algo surpreendente, era o sentimento da música que estava me contando coisas. Depois desta época nunca mais fui o mesmo musicalmente, parei com músicas covers e comecei a usar mais o meu arbítrio para fazer música, assim de improviso mesmo, desta maneira eu estava lidando com os meus sentimentos. Há uma grande diferença quando você toca uma cover e uma música de sua autoria, pois aquela sua música pertence a você, é algo que você “sofreu” e quando não a sua, será apenas uma interpretação.
Nós somos o instrumento da natureza, falamos pela arte.
A música nos faz viver, nos leva a muitos, lugares, a ultima delas foi em cima de um prédio abandonado, tocávamos ao por do sol, com música vento. Simplesmente confiamos no espírito da música, no viver inesperadamente, todas essas intenções em comum resultou na formação da banda, The Alggarve. Nós somos assim como uma folha ao vento, juntos nós somos um, sem medo, sem dúvida, braços dados. Esses lugares inesperados estão principalmente dando ênfase ao primeiro tema de nosso álbum, os quatro elementos, e um cenário vivo, cheio de energia é fundamental para a música.
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