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terça-feira, 24 de março de 2009

Responsabilidade

Antigamente eu tinha um sentimento triste. Imagine; ver o mundo de cima e não poder fazer nada por ele. É como se você torna-se responsável por toda inconsciência das pessoas. Você sabe o que esta acontecendo, mas eles não. Como poderei os culpar por sua inconsciência. Ainda são crianças adormecidas.

Achei um comentário do Bhagwan Shree muito bom falando da responsabilidade que Jesus sentia. Muito bom.

Toda história de Jesus é baseada na responsabilidade; todo cristianismo origina-se desta responsabilidade. Jesus se sente responsável por todos os pecados do homem desde Adão até nós. Ele toma a cruz em seus ombros a fim de que nossos pecados possam ser perdoados, desculpados.
Jesus não é de modo algum responsável. Se Adão fez algo, se toda a mente humana fez algo, por que seria ele responsável? Os teólogos cristãos têm discutido a respeito disso por séculos. Ele não praticou qualquer pecado. Ainda assim, sente-se responsável porque esta acordado. Pelo próprio fato de estar acordado, ele se tornou responsável por tudo o que as pessoas adormecidas fizeram. Sua carga cresceu; sua cruz é pesada. Sua crucificação é simbólica; ele morre por todos nós para que possamos viver.
É por isso que a crucificação de Jesus tornou-se uma data histórica. Ele é uma pessoa que se sente responsável por toda a raça humana e morre por isso, para que o homem possa ser transformado. Mas até mesmo com sua morte nós não nos transformamos. Sua mensagem é ouvida em nossos sonhos e nós a interpretamos do nosso próprio jeito. Assim sua vida tornou-se parte do nosso mundo de sonhos. Criamos igrejas e dogmas, criamos seitas. Assim, existem seitas católicas, protestantes e tantas outras. Toda a insensatez continua em novas formas, e o mundo permanece o mesmo.
Nós começamos a idolatrá-lo. Isto é, começamos a sonhar com ele – que ele é o filho de Deus. Não nos entregamos, não nos transformamos. Pelo contrário, transformamos sua realidade em sonhos. Criamos uma igreja para ele, fizemos dele um ídolo. Nós o idolatramos e continuamos dormindo. Na realidade, nós o utilizamos como um tranqüilizante.
Ele tornou-se uma ocupação domingueira. Durante uma hora por semana, vamos a ele e depois continuamos em nosso caminho. Ele nos auxilia a dormir bem: nossa consciência Tranqüiliza-se; nós nos sentimos religiosos. Vamos à igreja para rezar, para venerá-lo e voltamos para casa do mesmo jeito que fomos. Mas então estamos menos perturbados. Desse modo, não há nenhuma fardo em ser religioso, nenhum fardo para ser transformado. Já somos religiosos porque estivemos na igreja, onde adoramos e oramos. Já somos religiosos! E tudo continua do mesmo jeito.
Do livro "Eu Sou a Porta" - Bhagwan Shree

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