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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Do Andarilho

Minha vida não se define a carreiras, eu não sei o que vou fazer a amanhã, não sei o que vou fazer no mês que vem, muito menos quando sair da escola. O tempo não existe. Nada disso me importa, o que realmente importa é o que eu vou fazer nesta vida, nesta terra, sob este corpo que é meu instrumento de trabalho.
Viverei inesperadamente, dormir em um lugar e acordar em outro, cego para a realidade, esta que é tão hipócrita, ilusória, às margens da sombra. Andarilhar, mapear os caminhos de meu coração, em busca do conhecimento correto, a filosofia oculta, mistificada pelas sombras, a essência de todo amor, em busca da nova realidade, viver no mundo verdadeiro, longe das ilusões dos homens, longe de sistemas que ocupam pessoas em viver e morrer.
Vou vivendo como um barquinho ao mar, como as folhas de uma arvore ou como as nuvens no céu, onde o vento soprar eu estarei lá, fazendo da arte o meu vocabulário.
Irei morar nas montanhas junto aos animais observando e convivendo junto à natureza para me encher de espírito, em busca do verdadeiro homem, pelo homem superior que sabe superar-se a si mesmo. E quando há de descer, será para semear a divindade aos homens que aprenderam a enxergar com os olhos neste mundo de ilusões.
Neste dia que há de vir, olhais para o céu e verás o universo, deixará sua forma física e se libertará em asas, projetando-se para o alto e para o além.
Mas se eu levar isso a sério, então nem a menos poderei deduzir isso, já que eu não sei do que há por vir. Apenas posso viver inesperadamente. Deixar que o momento chegue novo e viver cada momento, sem nenhum compromisso com o passado.
Não posso planejar. Assim, no momento em que você estiver comigo, tudo que há de ser feito será feito. Nada pode ser adiado porque, para mim, não existe nenhum futuro. Apenas este momento existe. Não quero imitar as decisão que tomei antes. Quero sentir o amor como uma bala de um revolver que acaba de me atingir.
Nada se baseia em objetivos; baseia-se em sentidos. A própria existência não tem um objetivo a ser alcançado. Não esta indo a lugar algum – não há um fim para o qual se mova – embora esteja se movendo, embora tanta coisa esteja acontecendo.

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