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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Xamâ - Bebida Sacramental Ayahuasca

Um xamã é uma pessoa familiar com os estados alterados da consciência, que entra nesses estados para curar pacientes. Normalmente induzido por uma mistura de plantas psicadélicas e música, o transe xamã permite que a pessoa perceba parte do que não consegue perceber durante o estado de consciência normal. Este transe é normalmente usado para curar doenças, para adivinhação ou profecias, ou para comunicar com o mundo dos espíritos.

A ayahuasca é obviamente uma ferramenta xamã, se não a mais importante ferramente amazónica. Segundo muitos índios curanderos (curandeiros) muitos dos seus conhecimentos botânios provêm directamente da embriaguez com a ayahuasca. Nas sessões de cura, normalmente feitas à noite e em dias fixos da semana, há cerca de 4 a 8 doentes presentes. O ritual começa por volta das oito ou nove da noite, e dura cerca de sete horas. Tem lugar na casa do xamã ou “clínica”, em escuridão total, a qual estimula o elemento visionário da ayahuasca.
O xamã bebe a ayahuasca para poder ver as causas espirituais da doença do seu paciente. Por vezes o paciente também bebe. Na maioria das vezes o xamã canta ícaros ou “canções de força” para convidar os espíritos benignos e para aplicar a cura. Por vezes os pacientes são convidados a sentarem-se com o xamã, que cantará então suavemente e para cada um em especial.
O tabaco é uma ferramena importante nesta tradição, juntamente com a chapada (um molho de folhas). O fumo do tabaco é soprado por cima da ayahuasca e do paciente, para atrair energias positivas. A chapada é usada como um instrumento de percussão, batendo no ar a intervalos regulares. Outras ferramentas são vários perfumes, incenso, chocalhos, cristais e outros objectos de força. No dia a seguir à cura de ayahuasca há normalmente mais tratamento individual envolvendo outras plantas medicinais.
A ayahuasca é uma mistura de ervas da Amazónia, capaz de induzir estados de consciência alterados, normalmente durante 4 a 8 horas após a ingestão. Variando entre um estímulo suave até visões extremas, a ayahuasca usa-se sobretudo como medicamento e como meio de comunicação xamã, geralmente numa cerimónia sob supervisão de um consumidor experiente.
O ingrediente principal deste chá da selva é uma planta trepadeira, a cipó mariri (Banisteriopsis caapi), que tal como o próprio chá se chama também ayahuasca (que significa “trepadeira da alma' ou “trepadeira com alma”). Os ingredientes secundários são a chacruna (Psychotria viridis), ou a chagropanga (Diplopterys cabrerana) - plantas com um teor relativamente alto da substância psicadélica DMT.

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