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Este blog tem como proposito explanar assuntos inerentes ao PENSAMENTO, seja ele filosófico, cientifico ou religioso.

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Deus Morreu

Eu nunca rezo, e quando rezava era porque o medo prevalecia sobre a angustia de deixar de rezar, caso alguma desgraça me reservaria por eu duvidar da existência de uma força maior. Essa foi a primeira barreira que me oscilei, quando duvidei de Deus e me recusei a rezar, pois eu meramente não o acreditava ou talvez deixei de acreditar. Se continuasse a rezar sem um porque, sem um propósito verdadeiro estaria enganando a mim mesmo. Quantas pessoas rezam hoje, antes de dormir? Pai nosso que estais no céu... Como é mesmo?
Nunca houve importância, rezar ou não rezar, tanto faz. Há pessoas que o fazem com intenções particulares e mesquinhas, ou até por que carregam o medo de irem para o inferno caso não o fazem, mas preferem praticar para benefício próprio. Hoje em dia ninguém sabe o que esta rezando.
Deixe-me lembrar, tinha doze anos quando deixei a prática, a última vez que fui à igreja então foi no ultimo dia de catequese. Na época nem passava por minha cabeça a palavra filosofia, porem esse foi um ato muito filosófico, eu questionei diretamente a Deus. Por outro lado nunca gostei de ir à igreja, não pela igreja em si, mas toda aquela cerimônia me dava cansaço. Neste dia eu o matei, agora sou livre para andarilhar, não existe mais mandamentos e se algo de errado eu cometer será de minha consciência.
Engraçado como me abrolha o intuito filosófico. Hoje eu posso interpretar aquelas palavras, “Eu matei Deus”; agora vou buscar o meu próprio. Mal sabia que o caminho ateu me traria junto a ele, essencialmente, pois seguindo o meu coração, eu o seguia inconscientemente. Foi perfeito.
Sai em busca da união com um deus que não seja o Deus tradicional da religião, mas o próprio homem, sublimado pelo bem, pela razão, por sua própria essência, atingindo sua perfeição na convivência com a natureza, perfeição que o leva a criar continuamente, a viver de modo intenso e transparente a vida, a superar-se a si mesmo.
Os homens vão à igreja a seu encontro, mas eu o vejo em todo lugar, de olhos fechados. É como se o sentisse correr em minhas veias.
Somos o reflexo do próprio Deus, a única alma universal. È como a lua que se reflete em muitos lagos. Pode haver um numero infinito desses reflexos, mas existe uma só lua.
E toda magia, sincronismo da terra é despertada através do amor de nossos corações, pois somente ele semeia a arte verdadeira e nos faz caminhar junto à harmonia dos mundos, tomamos consciência de que fazemos parte de uma única natureza, assim interagimos com tudo aquilo que é vida paralelamente, virce-e-versa pois é o amor fundamento básico de qualquer religiosidade. A fé é o único sentimento que nos faz livrar da razão.
Sobre religiões, não existe uma certa nem errada. Vem-me a questionar, por que então varias religiões se o Deus é o mesmo? Cada cultura terá uma visão diferente do mesmo Deus, pois ele é um infinito conhecimento, mesmo essa definição seria incompleta, pois há uma pobreza da linguagem dos homens, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima de sua inteligência. Religiões são varias flechas que apontam para o mesmo alvo. As religiões são conhecidas, mas a própria religião é o desconhecido.
Religiosidade tornou-se uma ocupação domingueira. Durante uma hora por semana, vamos a ele e depois continuamos em nossos caminhos. Nós nos sentimos religiosos. Vamos à igreja para rezar, para venerá-lo e voltamos para casa do mesmo jeito que fomos. Mas então estamos menos perturbados. Desse modo, não há nenhum fardo em ser religioso, nenhum fardo em ser religioso. Já somos religiosos porque estivemos na igreja, onde adoramos e oramos. Já somos religiosos! E tudo continua do mesmo jeito.
A inteligência de Deus se revela em suas obras como a de um pintor em seu quadro, mas as obras de Deus não são o próprio Deus, assim como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou. Da mesma forma somos parte desta obra, por isso o denominamos como pai.

2 comentários:

DriadeDourada disse...

"É como a lua que se reflete em muitos lagos. Pode haver um número infinito desses reflexos, mas existe uma só lua."
Muito bom! xD
... vc continua esquecendo os acentos rsrsrsr... bjos

Unknown disse...

Amei,me ajudou muito,porque me endentifico muito no que você disse.